Muito bom te ver aqui
18 de maio de 2009
18 de maio combate contra a pedofilia
18 de maio combate contra a pedofilia
Ate que fim resolveram fazer alguma coisa contra esses monstros , espero que não pare nisso
ESTADÃO.COM.BR
No dia de combate ao abuso, PF faz operação contra pedofilia
Operação Turko é feita em 20 Estados e no Distrito Federal; suspeitos usavam site de relacionamentos
Solange Spigliatti, da Central de Notícias
SÃO PAULO - A Polícia Federal deu início na manhã desta segunda-feira, 18, à Operação Turko, com o objetivo de combater a pornografia infantil pela internet. A operação é feita no Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, quando vários eventos chamam a atenção ao combate à pedofilia. Cerca de 400 policiais federais cumprem 92 mandados de busca e apreensão em 20 Estados e no Distrito Federal. Em São Paulo, são cumpridos 24 mandados de busca.
Esta é a primeira grande operação após a publicação da lei 11.829, que alterou o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e tornou crime a posse de material pornográfico infantil, de acordo com a PF. Nas buscas, os policiais irão acessar os computadores dos suspeitos para confirmar a existência de imagens de pornografia infantil. Caso o material seja encontrado, os responsáveis serão presos em flagrante. Ainda não há informação sobre número de presos.
A investigação, coordenada pela Divisão de Direitos Humanos e pela Unidade de Repressão a Crimes Cibernéticos da PF é resultado de informações repassadas pela Comissão Parlamentar de Inquérito da Pedofilia no Senado Federal, em parceria com a ONG Safernet e com o Ministério Público Federal de São Paulo.
Segundo a PF, os investigados usavam comunidades em um site de relacionamentos para troca de material de pornografia infantil. Ao longo de um ano de investigação, que contou com a colaboração da empresa proprietária do site, foram filtradas cerca de 3.500 denúncias que acabaram levando até os alvos da ação de hoje.
A operação é uma das ações que marcam o Dia Nacional de Luta contra o Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. A data foi instituída pela Lei Federal nº 9970/00 e lembra um crime bárbaro que chocou todo o País e ficou conhecido como o "Crime Araceli", ocorrido em 1973, em Vitória.
18 de Maio de 2009 - 20h24 - Última modificação em 18 de Maio de 2009 - 20h24
Abuso sexual na infância aumenta risco de transtornos na vida adulta,diz psicóloga
Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - A violência contra crianças e adolescentes, principalmente a sexual, pode aumentar o risco de que elas desenvolvam problemas psiquiátricos na vida adulta, segundo a psicóloga do Programa de Atendimento e Pesquisa em Violência (Prove), Daniela Galvão.
O Prove, ligado à Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), funciona desde o final de 2007 e atende crianças e adultos que vivenciaram ou testemunharam alguma situação de violência. Neste período, o programa já atendeu mais de 30 crianças vítimas de alguma forma de violência, seja a sexual ou doméstica, por exemplo.
“Os efeitos [da violência sexual] estão sempre presentes ao longo da vida da criança. Boa parte dos pacientes adultos que desenvolveu a patologia do transtorno do estresse pós-traumático na vida adulta revelou uma história de abuso na infância. Isso significa que o abuso sexual infantil aumenta o risco para outras patologias na vida adulta”, disse a psicóloga.
O transtorno de estresse pós-traumático, segundo Daniela, é a principal doença decorrente de uma situação de violência. Pode se manifestar principalmente de três formas: a pessoa revive as imagens da violência, tendo ainda pensamentos ou pesadelos sobre a experiência vivenciada; a pessoa evita lugares ou estímulos que a lembrem da situação e a deixem muito ansiosa; ou a pessoa vive num estado de alerta constante, em hipervigilância.
“Nas crianças, ele ocorre de maneira muito semelhante, mas os critérios de diagnóstico não abrangem a totalidade dos efeitos, dependendo do nível de desenvolvimento da criança”, explica a psicóloga.
Nas crianças menores, os sintomas podem estar associados à apatia ou comportamentos regressivos como voltar a fazer xixi na cama ou parar de falar. Já nas crianças em idade escolar, um dos sintomas mais comuns e evidentes é o prejuízo na escola, com dificuldades nas tarefas escolares e de socialização. Nos adolescentes, a existência da violência pode ser manifestada pelo abuso de álcool ou drogas e comportamentos mais agressivos.
“Quanto menor a criança, mais afetada ela é. No senso comum a gente sempre pensa: 'ela é tão pequenininha que não vai entender o que se passou e não vai guardar essa memória'. Mas as marcas são mais intensas porque ela não tem condições psíquicas de elaborar aquela situação”, disse Daniela.
Para ajudar a criança e o adolescente a superar ou contornar o trauma e ter condições de falar sobre a situação vivida são oferecidos vários tipos de tratamentos, geralmente multidisciplinares, contando com apoio de psicólogos, médicos, terapeutas e pedagogos.
No Prove, por exemplo, o tratamento feito com a criança dura no mínimo seis meses e é realizado de forma lúdica por meio de desenhos e jogos. “O tratamento foca no fato de a criança poder expressar a seu tempo e a seu modo a situação de abuso”, explicou a psicóloga.
“É um tratamento no sentido de uma intervenção no problema atual e também é preventivo, já que vai ajudar a criança a elaborar essa situação e não desenvolver quadros futuros. Claro que a gente não consegue prever se no futuro essa criança vai desenvolver outros problemas”, afirmou.
Segundo ela, um dos fatores que pode contribuir para que a criança supere a situação de trauma ou estresse mais rapidamente é o ato de denunciar o agressor - que é geralmente alguém da família ou próximo da família.
“A denúncia é muito importante porque tira a vítima do isolamento. O ato da denúncia rompe com o pacto de silêncio e o terror que a criança vive. E a resposta que o [ambiente] social vai dar é que vai ajudar a criança a dar um sentido para essa situação e refazer seus laços pessoais”, disse a especialista, ressaltando que o tratamento obtém resultados melhores quando os pais da vítima de abuso estão mais atentos aos sinais e abertos a conversar com o filho sobre a situação que ele vivenciou. “A criança ainda depende muito do adulto para significar essa experiência de violência”, afirmou.
O atendimento no Prove é gratuito. Informações podem ser obtidas na sede do ambulatório, localizado na Rua Botucatu, 431, na Vila Clementino ou pela internethttp://www.unifesp.br/dpsiq/prove/.
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